A peculiar vivência noturna de Lily
Na manhã seguinte, enquanto tomávamos o pequeno-almoço, Lily interrompeu o tilintar das taças de cereais com a sua voz delicada: “Mãe, ouvi barulhos ontem à noite.” Intrigada, perguntei-lhe que tipo de barulhos eram, ao que ela encolheu os ombros e respondeu: “Pareciam sussurros ou arranhões, não sei ao certo.” João, do outro lado da mesa, comentou num tom desdenhoso que provavelmente não passava do vento ou de um guaxinim, mas não consegui evitar a sensação de que poderia haver algo mais por trás daquilo.

A Peculiar Vivência Noturna De Lily
A garantia desdenhosa de João
“Lily, não te preocupes, não foi nada”, disse João num tom tranquilizador, embora eu permanecesse desconfiada; a estranha vigília de Max no quintal, somada ao relato da nossa filha, era difícil de ignorar. “Tens mesmo a certeza, pai?”, insistiu ela, ansiosa por algum alívio, e ele apenas acenou com calma, tentando manter a leveza da situação. “Acredita em mim, os guaxinins fazem bastante barulho.” Ainda assim, ao lançar um olhar a Max — sentado junto à porta, com as orelhas tensas e o olhar fixo no exterior — não consegui afastar a sensação de que algo definitivamente não estava bem.

A Garantia Desdenhosa De João